O Castelo de Cerveira começa a sua história no século XIV com a fundação de Vila Nova de Cerveira. Após a assinatura do tratado de Alcanices que definiria as fronteiras dos reinos de Portugal e de Espanha, D. Dinis estimulou o povoamento e a defesa das terras raianas. Para isso, escreve uma carta ao seu representante nesta terra informando-o da sua vontade em fazer uma póvoa e edificar um castelo. No ano de 1321, é atribuído a Cerveira a sua primeira Carta de Foral e um envio de cem homens para reforçar o povoamento desta terra nas margens do Rio Minho. Neste tempo foram dados privilégios a quem quisesse vir para cá viver.
Começou assim a construção desta fortificação em formato oval. É chamado de castelo, mas no fundo trata-se de uma cerca porque para além da função militar, albergou desde sempre casas particulares em arruamentos bem definidos. Ainda no tempo de D. Dinis dificilmente caberiam no interior desta, todas as casas dos cem povoadores. O acesso ao Castelo era feito pela Torre de Menagem, atualmente acede-se pela Porta por baixo da Capela da Nossa Senhora da Ajuda. O escudo de D. Dinis ainda é visível no cimo da entrada, destacar também que no lado do rio foi aberta uma outra porta, conhecida por “A Porta da Traição”.
A barbacã que envolve o castelo é posterior, remontando ao tempo das revoltas entre os anos de 1383-85. Esta segunda linha de muralhas, mais baixa, terá sido obra de D. Fernando ou de D. João.
Já no século XIX, entre a autarquia e o Ministério da Guerra, foi estabelecido um contencioso que se prolongou até aos inícios do século XX.
É já em pleno século XX, e com uma outra visão sobre o património, que o castelo foi alvo de obras de requalificação, tornando-o um verdadeiro marco do Município de Cerveira.Ver maisVer menos
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