Com início na Lagoa do Capitão, o percurso anuncia uma jornada de pleno contacto com a natureza, onde a presença da Montanha de Pico como plano de fundo, combina com a calma das águas da Lagoa e das pastagens.
O trajeto parte pelo caminho inicial da Lagoa, seguindo à direita na primeira bifurcação. A paisagem da montanha é marcada pela vegetação húmida, conhecida como Trufeira.
Nesta fase do percurso, o trajeto passa por várias cancelas canadianas, com a função de impedir a passagem do gado.
Seguindo o trajeto, o percurso chega à Escarpa de Falha da Lagoa do Capitão, uma zona que merece especial atenção pela flora endémica.
Á esquerda, é possível ver uma antiga queijaria tradicional.
O percurso segue por uma paisagem marcada pela vegetação, onde, pouco depois, é possível observar a panorâmica sobre o Cabeço do Teixo. Neste local é ainda possível encontrar um miradouro natural, que surpreende com uma vista sobre a ilha de São Jorge, Faial e Graciosa.
De regresso ao itinerário definido, este segue pela direita, agora por um caminho de terra batida, rodeado de extensas paisagens.
O trajeto cruza um pequeno túnel, onde se deve ter especial atenção. Aqui a vegetação é densa, com grande abundância de espécies como erva-do-capitão (Hydrocotyle bonariensis), as margaridas (Leucanthemum vulgare), a cardamina (Cardamine) e as orquídeas endémicas. Entre estas espécies de flora, é possível encontrar várias aves, como o canário-da-terra (Sicalis flaveola), o melro-preto (Turdus merula), o tentilhão (Fringilla coelebs), a estrelinha (Calliphlox amethystina), a toutinegra (Sylvia melanocéfala), o pardal (Passer) e a alvéola-cinzenta (Motacilla cinérea).
Cruzado o túnel, é possível avistar a freguesia de São Roque.
O trajeto segue pela direita, rumo à Fonte, próxima da Ribeira de Dentro. As águas desta Fonte são conduzidas do cimo da encosta por um sistema de calhas (telha tradicional da Graciosa) até este ponto. Um local onde a população se reunia para usufruir da água, tornando este espaço num lugar de grande importância na região.
Seguindo pelo caminho da Fonte, o trajeto desce pelas canadas até atingir o lugar das Canárias, um lugar que geralmente permite a observação de milhafres. Pela esquerda, rapidamente o trajeto chega à Gruta das Canárias, uma cavidade vulcânica que não se encontra visitável.
Próximo do fim, o percurso desce até ao Convento de São Pedro de Alcântara, uma construção do século XVIII, atualmente utilizada como Pousada da Juventude.
Este Convento é um símbolo do esforço feito pela população local na reconstrução das habitações da ilha aquando da erupção vulcânica do século XVI/VXIII, quando os Frades Franciscanos foram destacados para ajudar.
O percurso termina neste ponto, com uma vista deslumbrante sobre a Ilha de São Jorge.
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