De estilo gótico renascentista, o Castelo de Porto de Mós é um monumento com características singulares, que chamam à atenção de qualquer visitante.
A sua principal função era a vigilância e controlo das vias que ligavam o Médio Tejo à Alta Estremadura.
A construção que possível ver atualmente, é atribuída a D. Sancho I, datada de 1200, quando as incursões muçulmanas ainda se faziam sentir. Antes desta construção, pensa-se que no local terá existido uma atalaia muçulmana, de menores dimensões, que terá passado para as mãos dos cristãos, por volta de 1147, no processo de conquista liderado por D. Afonso Henriques.
Associado à história de Porto de Mós e do Castelo, surge D. Fuas Roupinho, personagem que se divide entre o real e o mito e que terá sido o primeiro alcaide da vila. O reaproveitamento de monumentos funerários romanos e várias vias, fazem crer que nas proximidades existira uma localidade com alguma expressão (vicus), que aproveitava as vias que passam devido à proximidade com Collipo (S. Sebastião do Freixo – Batalha).
A construção que é possível ver atualmente, foi sendo alterada ao longo dos anos, possuindo influências militares, góticas e renascentistas. Possui planta pentagonal, com torreões de reforços nos ângulos e cinco torres. A quinta torre, atualmente quase impercetível, terá sido adicionada a mando de D. Dinis, cujo objetivo era proporcionar mais conforto à fortaleza.
Na fachada principal, destacam-se os dois torreões com coruchéus decorados com cerâmica verde, cuja cor estará relacionada com Afonso, IV Conde de Ourém.
Em 1385, próximo da Batalha de Aljubarrota, o castelo terá servido de abrigo para o exército português, cumprido assim a sua última “missão militar”. Após a batalha, D. João I doa a condado a D. Nuno Alvares Pereira, para mais tarde ser herdado pelo seu neto, D. Afonso, IV Conde de Ourém.
D. Afonso fez algumas alterações no castelo, acrescentando-lhe vários detalhes com influência do renascimento italiano, conferindo o aspeto apalaçado que possui atualmente.
Classificado como Monumento Nacional, desde 1910, o castelo é hoje espaço de vários espetáculos culturais. Concertos, exposições e várias atividades lúdico-pedagógicas, que tornam num lugar de educação e sensibilização para a importância do património cultural.
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